quinta-feira

NOSSO QUERIDO AÇAÍ

Segundo artigo publicado na Wikipédia o açaí ou juçara é um fruto que dá em cacho na palmeira conhecida como açaizeiro. È uma espécie nativa das várzeas da região amazônica. O fruto deste vegetal é um alimento muito importante na dieta dos habitantes do Pará, onde seu consumo remonta aos tempos pré-coloniais. Esse consumo ganha grandes proporções no interior do estado, onde esse fruto acompanha outros alimentos nas refeições diárias.

Feira do açaí/Belém(fonte: Marco Antônio Sá)

Alem da importância na alimentação esse fruto tem grande significado para nossa cultura paraense. Vários municípios do Pará realizam atividades para divulgar esse riquíssimo vegetal. Podemos observar essas manifestações em festivais do açaí, nas musicas de grandes compositores paraenses. Como exemplos podemos citar:
Sabor Açaí
Nilson Chaves
Composição: Nilson Chaves e João Gomes
E prá que tu foi plantado
E prá que tu foi plantada
Prá invadir a nossa mesa
E abastar a nossa casa...
Teu destino foi traçado
Pelas mãos da mãe do mato
Mãos prendadas de uma deusa
Mãos de toque abençoado...
És a planta que alimenta
A paixão do nosso povo
Macho fêmea das touceiras
Onde Oxossi faz seu posto...
A mais magra das palmeiras
Mas mulher do sangue grosso
E homem do sangue vasto
Tu te entrega até o caroço...
E tua fruta vai rolando
Para os nossos alguidares
Tu te entregas ao sacrifício
Fruta santa, fruta mártir
Tens o dom de seres muito
Onde muitos não têm nada
Uns te chamam açaizeiro
Outros te chamam juçara...
Põe tapioca
Põe farinha d'água
Põe açúcar
Não põe nada
Come e bebe como um suco
Eu sou muito
Mais que um fruto
Sou sabor marajoara
Sou sabor marajoara
Sou sabor...(2x)
Põe tapioca
Põe farinha d'água...(9x)

Lenda do Açai

Conta a lenda que existia uma tribo indígena muito numerosa. Como os alimentos estavam escassos, era difícil conseguir comida para toda a tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças recem-nascidas seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional da tribo.
Até que um dia a filha do cacique, chamada IAÇÃ, deu à luz uma menina que também teve de ser sacrificada. IAÇÃ ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades. Ficando vários dias enclausurada em sua oca e pediu a Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças.
Certa noite de lua IAÇÃ ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua filhinha sorridente, ao pé de uma grande palmeira. Lançou-se em direção à filha, abraçando - a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu.
IAÇÃ, inconsolável, chorou muito até morrer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos estavam em direção ao alto da palmeira, que se encontrava carregada de frutinhos escuros.
Itaki então mandou que apanhassem os frutos, obtendo um vinho avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (IAÇÃ invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu a ordem de sacrificar as crianças.

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